Cuidado com o gavião

 Ontem à tardezinha, 17:29 para ser exata, Vavá me chamou.

- Filha, corre aqui.

Saí e qual não foi minha surpresa, uma avezinha, com cerca de 30 com, aparentemente assustada, se encontrava no chão, em frente à porta do galinheiro.



Quando nos aproximávamos sua reação era abrir as asas e dobrar o corpo para trás.
Não emitiu som, nem tentou voar.
Percebemos que sua asa esquerda estava ferida na articulação superior, o sangue já escuro.


Com sorte conseguimos que entrasse em uma gaiola, para protegê-lo durante a noite e talvez até que a asa fique curada.

Hoje consegui uma identificação, gavião carijó

Segundo a wikiaves:

O gavião-carijó (Rupornis magnirostris ou Buteo magnirostris) é uma ave de rapina Accipitriforme da família Accipitridae.

Encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil. É a espécie predominante no Brasil, sendo o terror dos galinheiros. Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, gavião-pinhel, gavião-pinto, gavião-pega-pinto, inajé, gavião-pinhé, indaié, pega-pinto e papa-pinto.

Como toda ave de rapina, tem um papel indispensável no equilíbrio da fauna, como regulador da seleção. Evita uma superpopulação de roedores e aves pequenas (como ratos e pombos nos centros urbanos), além de eliminar indivíduos defeituosos e doentes.

Seu nome científico significa: do (grego) rhupos = sujeira, sujo; e ornis = pássaro; e do (latim) magnus = grande; e rostris = bico. ⇒ Gavião sujo com bico grande ou falcão de bico grande.




Estamos tentando que algum órgão ambiental venha resgatar, em último caso aguardamos que a asa fique curada e soltamos.

De fome não morrerá, hoje devorou um pedaço de coxa de galinha.

O ferimento é bem mais extenso do que pensamos.




Em 28/01/2023

Atualizando.
O gavião foi entregue ao Cetas Tangará, passou por uma cirurgia e infelizmente perdeu a asa.
Continua sendo cuidado.