Cavemos a terra, plantemos nossa árvore
Que amiga bondosa ela aqui nos será!
Um dia, ao voltarmos, pedindo-lhe abrigo,
Ou flores, ou fruto, ou sombra dará.
O céu generoso nos regue esta planta,
O sol de dezembro lhe dê seu calor
A terra que é boa, lhe firme as raízes,
E tenham as folhas frescura e verdor.
Plantemos nossa árvore, que a árvore é amiga,
Seus ramos frondosos aqui abrirá
Um dia ao voltarmos em busca de flores,
Com as flores, bons frutos e sombra dará.
Esse poema de Arnaldo Barreto embalou minha infância, cantávamos na escola todo dia 21 de setembro, dia da Árvore.
O tempo passou e a humanidade parece que enlouqueceu, as árvores já não são nossas amigas, qualquer motivo é válido para que sejam cortadas e/ou queimadas.
Sujam as calçadas com suas flores, frutos ou folhas...
Fazem sombra sobre meu pasto...
Ocupam o lugar onde quero plantar capim...
Cobrem a minha visão...
Enroscam nos fios elétricos...
Queimemos a terra, matemos nossa árvoreQue seus ramos frondosos não mais abrirá.E um dia, ao voltarmos, pedindo-lhe abrigo,Nem flores, nem fruto, ou sombra restará...
E assim tombou o velho cajueiro, nem flores, nem frutos, nem sombra dará.
😞